Efficacy of microalgae (Chlorella and Spirulina) and insect (Tenebrio molitor) meals as fishmeal replacers in feed for juvenile tench (Tinca tinca)

Paulo Rema; Sara Jorge; Fábio Leite; Sara Basto

Paulo Rema Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Quinta dos Prados, Departamento de Zootecnia, 5001-801, Vila Real, Portugal. CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental. Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, Av. General Nórton de Matos, S/N, 4450-208, Matosinhos, Portugal
Sara Jorge Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Quinta dos Prados, Departamento de Zootecnia, 5001-801, Vila Real, Portugal
Fábio Leite Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Quinta dos Prados, Departamento de Zootecnia, 5001-801, Vila Real, Portugal
Sara Basto Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Quinta dos Prados, Departamento de Zootecnia, 5001-801, Vila Real, Portugal

Resumo

Neste estudo pretendeu-se avaliar a performance do crescimento, composição corporal e efeitos na pigmentação de juvenis de Tenca (Tinca tinca) alimentados com níveis crescentes de uma mistura de farinha de inseto (Tenebrio molitor) e uma mistura de microalgas (Spirulina sp. e Chlorella sp.) como ingredientes alternativos à farinha de peixe. Foram utilizadas quatro dietas experimentais ISO nitrogenadas e ISO lipídicas (52% proteína bruta; 14% gordura bruta): uma dieta controlo (CTRL) que continha 60% de farinha de peixe e três dietas experimentais em que a farinha de peixe foi substituída a 50, 75 e 100% (dietas T1, T2 e T3, respetivamente) por uma mistura composta por uma farinha de insetos e duas microalgas numa proporção de 1:1:1. Foram formados 12 grupos homogéneos de 30 peixes (peso médio: 4.1 ± 0.1 g) que foram alimentados até a saciedade visual aparente durante os 70 dias de duração da experiência. No final do ensaio todos os grupos de peixes triplicaram o seu peso inicial. As taxas de sobrevivência foram próximas ou iguais a 100% não tendo sido observados peixes com deformações em qualquer dos tratamentos. Os peixes alimentados com as dietas experimentais apresentaram pesos médios finais significativamente inferiores (média: 12.5g) comparados com os seus homólogos alimentados com a dieta controlo (CTRL; 15.6g). A maior taxa de crescimento (3.2 % d^-1) foi observada nos peixes alimentados com a dieta CTRL. A ingestão voluntária de alimento e o índice de conversão alimentar foram significativamente afetados (P<0.05) pela inclusão das farinhas de inseto e microalgas. A composição corporal foi semelhante em todos os tratamentos mas os peixes alimentados com a dieta T3 apresentaram teores de gordura corporal significativamente inferiores (7.8%) comparados com os observados na dieta CTRL (9.2%). Os níveis de pigmentação da pele foram superiores (P<0.05) nos juvenis alimentados com as dietas experimentais.